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THE SKIN GAME

Dermocosmética, reviews, aconselhamento

Dermatite atópica em bebés e adultos

A dermatite atópica é uma presença frequente na minha vida desde sempre, desde ter uma pele que não tolerava praticamente nenhum cosmético em bebé até ter grandes crises nas fases de exames de faculdade a andar agora na gravidez com locais novos a ficarem em crise. Como tenho lido um pouco mais sobre o assunto por causa disto e do receio que a minha filha também vá sofrer do mesmo, achei que era boa altura para escrever sobre dermatite atópica (ou eczema) e o que realmente parece resultar.

 

Dermatite atópica

A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crónica da pele que é caracterizada por ciclos de crise e remissão e não é contagiosa, sendo que esta doença está bastante ligada a uma componente genética (o risco de uma criança desenvolver a doença é de 30% no caso de um dos pais sofrer de DA e de 70% se ambos os progenitores tiverem). Os sintomas mais comuns desta patologia implicam pele seca a muito seca, comichão, descamação, vermelhidão e pele inflamada. Estima-se que esta doença afecta cerca de 3% dos adultos e 15% das crianças em países desenvolvidos, com tendência a aumentar, e está intimamente ligada a outras patologias alérgicas como a rinite, asma e alergias alimentares. 

Na DA, existe um ciclo muito demarcado nas crises, que começa habitualmente com a diminuição da função barreira da pele, permitindo maior entrada de alergenos e outros agentes irritantes que vão levar a inflamação e comichão, que por sua vez vão diminuir ainda mais a função barreira. Assim sendo, o ideal é quebrar o ciclo vicioso e tentar fazê-lo em todos os passos para garantir uma maior qualidade de vida e uma remissão mais rápida.

 

Abordagens ao tratamento da dermatite atópica

Existem várias abordagens à dermatite atópica e a grande maioria acaba por estar pouco estudada ou com estudos maioritariamente irrelevantes. Contudo, vamos vê-las uma a uma:

  • aplicação diária de hidratantes - esta é uma das mais relevantes e uma das que comprovadamente apresenta benefícios reais na DA. O ideal é optar por um hidratante específico para a pele atópica, o que significa que habitualmente é um creme mais espesso ou bálsamo, sem fragrância e com uma fórmula que minimiza a quantidade de potenciais alergenos. Quanto a ingredientes-estrela, não existem estudos não enviesados que tenham conseguido comprovar que um ingrediente é superior a outro, mas no geral tudo parece apontar para que se escolham fórmulas que contenham ureia, glicerina, ceramidas e ácido glicirretínico. A aveia parece resultar, mas também tem menos estudos efectuados.
  • banhos emolientes - estes banhos emolientes passam pela colocação de um produto na água e consequente imersão da pele nessa mistura. Contudo, os estudos indicam que não existem benefícios claros nesta prática, sendo que geralmente acabo por não a recomendar.
  • higiene não deslipidante - é muito frequente ver pessoas que se preocupam em ter um creme hidratante, mas depois na higiene usam um gel de banho qualquer porque depois o creme faz o resto. Contudo, os estudos apontam no sentido desta mesma higiene cumprir os mesmos pontos que a hidratação. Assim, deve-se optar por um produto preferencialmente em creme ou óleo, sem fragrância e de preferência formulado para pele atópica.
  • medicação - pode ser tópica ou oral e deve ser sempre acompanhada e prescrita por um médico. Beneficia na mesma da aplicação do hidratante, havendo estudos claros de que a taxa de sucesso é maior nos pacientes que combinam ambas.
  • probióticos - têm surgido vários estudos no sentido de que pode haver um benefício claro na suplementação com probióticos na dermatite atópica. Contudo, os estudos são ainda pouco claros no que diz respeito a qual a melhor estirpe a usar, doses e resultados claros, por isso esta é ainda uma área em desenvolvimento. Contudo, é uma clara possibilidade e nos próximos anos deveremos assistir a um desenrolar interessante nesta área.
  • evitar potenciais alergenos durante a gravidez e aleitamento - ao contrário do que tem sido proclamado por muitos, evitar certos alimentos durante a gravidez não só não reduz o risco de desenvolver dermatite atópica, como na verdade parece aumentá-lo. Alimentos como ovos, frutos secos, leite de vaca e outros que sejam habitualmente associados a alergias não devem ser evitados por este motivo e até é aconselhável que sejam consumidos de forma a expôr a criança aos potenciais alergenos.

 

Bebés em risco de desenvolver dermatite atópica

Esta é uma área complexa e falo não só por experiência própria, mas também na área científica. Como mãe, já perdi a conta ao número de pessoas que me recomendaram não usar qualquer tipo de hidratante no bebé nos primeiros meses. Por outro lado, também já tive outras tantas pessoas a dizerem-me que se eu tinha pele atópica em bebé e mantenho essa condição em adulta, então tenho de começar logo a usar uma linha de pele atópica na bebé desde que ela nasce. Enquanto profissional, situo-me no meio destas duas posturas, sendo da opinião de que se deve colocar um hidratante a partir do nascimento, mas de uma linha normal, e passo a explicar porquê.

A grande maioria dos estudos feitos em bebés e crianças com DA incluem poucos voluntários e são habitualmente desenhados para validar a utilização de uma gama específica que foi formulada para pele atópica. Assim, é frequente verem-se estudos que indicam que a linha contendo o ingrediente patenteado XYZ teve melhores resultados em crianças com dermatite atópica do que um hidratante normal. Contudo, alguns estudos recentes e bem desenhados puseram à prova a parte que me interessava mais, que era pura e simplesmente a aplicação de um hidratante num recém-nascido com probabilidade de desenvolver DA. Estes estudos concluíram globalmente e com boa margem de certezas que a aplicação diária de um hidratante normal em recém-nascidos de termo previne o aparecimento da DA.

Em relação a escolher ou não uma gama formulada para pele atópica ou uma linha normal nos casos em que apenas existe a probabilidade da criança desenvolver DA, explico-vos o porquê. Uma das teorias já comprovadas da dermatite atópica prende-se com o excesso de higiene e a não exposição dos bebés a alergenos. Esta exposição limitada parece estar a levar a um aumento das crianças com DA, pelo que a exposição precoce a alergenos acaba por ser positiva para o desenrolar da doença. Isto significa que aconselho sempre as mães de bebés potencialmente atópicos a utilizarem produtos com uma fragrância leve (também não exagerem com uma linha super perfumada), mas a não partirem para as linhas de pele atópica sem diagnóstico feito.

 

Melhores produtos para pele atópica

Não existem diferenças nos produtos a usar dependendo da idade, pelo que qualquer produto formulado para pele atópica pode ser usado de forma segura a partir dos 3 meses de idade (alguns a partir do nascimento desde que o bebé seja de termo) sem qualquer limite máximo de idade.

Antes de listar, um aviso: os links para a Care to Beauty não são links de afiliado. Contudo podem usar o código ANA5 para terem 5% de desconto na Care to Beauty se optarem por comprar lá, e esse código é de afiliado.

- La Roche-Posay Lipikar AP+M: pode ser usada desde o nascimento em bebés de termos e tem um produto que adoro - o stick. A comichão é das coisas mais incómodas da dermatite atópica e o stick permite "coçar" a área enquanto na verdade estamos a reparar a barreira cutânea em vez de a destruir.

- ISDIN Nutratopic Pro-AMP: a linha que recomendo em casos mais complicados de resolver, tem um hidratante especialmente formulado para o rosto e dois hidratantes de corpo diferentes (a loção para uso diário e o creme para crises).

- A-Derma Exomega Control: para quem gosta de recorrer a fórmulas mais baseadas em ingredientes naturais, é baseada em aveia. Tem uma boa selecção de texturas diferentes que permitem adaptar aos gostos de cada um, com preços bastante simpáticos também.

- Bioderma Atoderm Intensive: a gama que recomendo em peles que não são particularmente complicadas, para uso diário. Os tamanhos grandes tornam-na muito prática para quem tem de usar os produtos diariamente.

- Aveeno Dermexa Anti-Prurido: o que encontrei até agora com melhor efeito anti-prurido, é particularmente útil para ter em caso de crises.

- Ducray Dexyane Med: para quem, como eu, tem lesões localizadas (no meu caso cotovelos e agora tornozelos na gravidez), o Dexyane Med e perfeito para controlar as zonas afectadas sem precisar de fazer um investimento enorme, com efeitos desde a primeira aplicação.

Para eczema palpebral, sugiro que espreitem o Ducray Dexyane Med Palpebral, o SVR Topialyse Palpebral ou o Sesderma Silkses.

Post actualizado a 28-12-2020

Cosméticos naturais NÃO são melhores

Desculpem estragar logo a diversão de um título ambíguo, mas este artigo serve precisamente para desde logo estabelecermos bem a ideia do post: os cosméticos naturais não têm qualquer vantagem quando comparados com cosméticos que incluem ingredientes sintéticos.

Mas como eu dizer isto não chega, vamos ponto a ponto tentar desmistificar todas as pré-concepções que existem relacionadas com esta temática. Sintam-se à vontade para fazer questões sobre o assunto e para apontar outras razões pelas quais escolheriam produtos naturais - posso sempre editar este post e acrescentar mais informação.

 

Sintético versus natural

 

Apesar da dualidade ser frequentemente apresentada como "natural versus químico", esta apresentação está errada. Porquê? Porque todos os ingredientes têm uma estrutura química, uma vez que são compostos por átomos. Portanto a dualidade aqui deve ser apresentada em relação à origem do ingrediente: foi extraído de uma fonte natural sem alteração da sua composição ou foi submetido a alguma modificação? Assim teremos um ingrediente natural ou sintético (ou semi-sintético, porque muitos ingredientes são obtidos através de ligeiras modificações a ingredientes naturais).

E o ponto mais interessante aqui é: isso interessa para quê? A resposta é "para nada" a não ser para determinar a sua origem. Vejamos a seguinte imagem de uma mistura de ingredientes cosméticos:

estruturas químicas.PNG

Conseguem identificar os de origem natural e os de origem sintética? Bem, o vosso corpo também não, porque a origem não interessa no que diz respeito à acção do produto. Interessa sim onde aqueles carbonos e oxigénios vão encaixar, e não de onde vieram. Não existe NADA no nosso corpo capaz de reconhecer se um ingrediente é de origem natural ou sintética e reagir de acordo com esse critério.

(apenas um aparte: se estiverem tentados a dizer que o último de certeza que é sintético porque "olhem só para aquela monstruosidade de molécula", aquilo é colagénio tipo III que é naturalmente produzido nos humanos a nível da derme e é o que vos dá elasticidade à pele e evita rugas)

 

Composição de ingredientes naturais

 

Uma razão que ouço frequentemente apontada como motivo para utilizar cosméticos naturais está relacionada com a simplicidade das fórmulas. É comum as pessoas olharem para uma lista INCI (lista de ingredientes de um cosmético, que legalmente tem sempre de vir apresentada na embalagem do produto) e terem medo de listas enormes com nomes estranhos.

É muito mais pacífico para as pessoas olharem para uma lista de ingredientes e lerem algo equivalente a "Água, Óleo de Sésamo, Óleo de Rosa Mosqueta, Óleo de Tangerina" do que lerem uma série de nomes desconhecidos e potencialmente assustadores. Contudo, vamos atentar na seguinte imagem:

kiwi composição.jpg

Isto é a composição de um kiwi. O facto de uma coisa ser natural não implica que não seja formada por uma amálgama de ingredientes de nomes estranhos, só significa que temos um nome que habitualmente atribuímos a esse conjunto de coisas e que, por ser tão comum, já não nos faz confusão. Neste caso chamamos-lhe kiwi, noutros casos chamamos-lhes outra coisa qualquer, como óleo de tangerina. E falando de óleo de tangerina, vamos olhar também para mais uma imagem:

composição óleo tangerina.PNG

Esta tabela potencialmente esquisita foi retirada de um artigo científico que estudou a composição de óleo de tangerina para identificar os vários compostos do dito óleo ao longo do ano. Neste caso identificaram 55 compostos diferentes nos óleos analisados. Podem procurar pelo artigo pesquisando o nome "Composition and Seasonal Variation of the Essential Oils from Two Mandarin Cultivars of Southern Brazil". Isto apenas para referir que, se todos os ingredientes que compõem o dito óleo de tangerina fossem listados como ingredientes, a lista seria absolutamente gigante e ultrapassaria em larga escala o tamanho de uma de compostos sintéticos. Apenas como referência, o normal para um óleo natural é ter entre 20 e 80 compostos diferentes, e todos eles têm nomes estranhos porque são os nomes químicos.

 

É normal haver um certo medo associado a conceitos desconhecidos, mas as listas de ingredientes não são para serem lidas ou analisadas por quem não sabe o que está a ler. E quando me refiro a "quem não sabe o que está a ler", incluo-me nesse grupo porque não sou cosmetologista nem formuladora, e as minúcias das fórmulas passam-me frequentemente ao lado. Utilizem apenas essas listas caso tenham uma alergia identificada a algum ingrediente.

 

Alergias e toxicidade

 

Falando de alergias, passemos a outro tópico frequentemente usado como argumento para optar por ingredientes naturais, que é o medo de desenvolver alergias ou de que os ingredientes sintéticos sejam tóxicos. Tal como já falámos no início, não há nada no nosso corpo que seja capaz de identificar uma substância como natural ou sintética, portanto os casos de alergias e toxicidade não vão estar minimamente relacionados com este factor.

Se pensarem na natureza, alguns dos venenos mais potentes foram criados naturalmente, seja por plantas ou por animais. Conseguem encontrar arsénico no caroço de um pêssego e se comerem um peixe-balão mal preparado podem morrer no espaço de poucos minutos porque os vossos músculos deixam de trabalhar.

Também no caso de alergias isto é uma questão comum, vejo por exemplo imensos pais a optarem por cosméticos naturais para os bebés com medo das alergias que eles poderão desenvolver. Em relação a isto, mais uma tabela:

contact dermatitis plants.PNG

Esta tabela foi retirada do artigo "Allergic contact dermatitis to plant extracts in patients with cosmetic dermatitis" e essencialmente lista alguns extractos de plantas que habitualmente são utilizados em cosméticos, citando se estão habitualmente associados a números significativos de dermatite de contacto (no fundo a uma reacção negativa exacerbada da pele ao cosmético após aplicação). Como podem verificar, a dermatite de contacto provocada por extractos naturais é uma situação comum, tal como acontece com ingredientes sintéticos.

Além disso, podem ainda pensar no facto de, se cada extracto natural tiver uma média de 30 compostos, então aumenta-se exponencialmente a quantidade de substâncias a que uma pessoa pode ser alérgica, já para não falar no facto da composição dos óleos ser muito variável e portanto ser impossível garantir o que vai estar realmente lá no meio.

Isto serve apenas para mostrar que não é pela origem que uma pessoa vai ser mais ou menos alérgica a um ingrediente. Claro que uma pessoa em particular pode ser alérgica a um sem-número de ingredientes sintéticos e dar-se habitualmente bem com ingredientes naturais, mas o contrário também acontece. O que não pode acontecer é a extrapolação de uma situação em que uma ou algumas pessoas verificaram que tinham mais tendência para fazer alergia a ingredientes sintéticos e achar que isso significa que os ingredientes naturais é que são seguros.

 

Entrada de substâncias no nosso corpo

 

Há uns tempos andava por aí a correr uma imagem em tudo o que era redes sociais que citava que qualquer substância que aplicássemos na nossa pele entrava na corrente sanguínea em 26 segundos. Ora, além disto de haver penetração de tudo em 26 segundos ser o sonho de todas as empresas de medicamentos, é também falso.

Primeiro, porque a diferença entre um cosmético e um medicamento é que o medicamento atinge a corrente sanguínea e o cosmético não. Caso haja presença dos compostos na corrente sanguínea o produto é identificado como medicamento e segue os trâmites legais para ser ou não autorizado como tal. Nunca um cosmético atingirá a corrente sanguínea.

Em segundo lugar, referi em cima que essa penetração na corrente sanguínea em 26 segundos era o sonho de qualquer empresa de medicamentos e é um facto. Porquê? Porque apesar de frequentemente a nossa pele ser descrita como uma esponja, ela de esponja não tem nada. Vamos voltar às nossas aulas de primária sobre a pele ser o nosso maior órgão e rever as principais funções da pele: barreira contra o meio externo, protecção contra traumas mecânicos, regulação da temperatura... (sim, eu pus reticências porque não me lembro de todas e vou provavelmente levar porrada da minha mãe, que é professora do 1.º ciclo). Mas vamos àquela que importa aqui, que é a de barreira contra o meio externo.

A pele não é totalmente impermeável, mas também não deixa passar tudo o que lhe aparece pela frente. Para perceber isto, basta pensarmos em situações simples do dia a dia. Visualizem a água, que tem uma molécula com apenas dois átomos de hidrogénio e um de oxigénio (muito, muito mais pequena dos que as moléculas que vos mostrei em cima, portanto). Se a nossa pele fosse uma esponja, nós não precisávamos de beber água, bastava tomarmos banho e a água entrava assim, até porque a molécula é minúscula e passava bem através dela. Mas não, apesar de ficarmos um bocadinho armados em uvas-passa se ficarmos uma hora num banho de imersão, a água não nos matou a sede. Isto porque, apesar de contacto durante mais de uma hora com uma molécula minúscula, ela apenas conseguiu atravessar algumas das primeiras camadas e ficou-se por lá, daí o aspecto enrugado da pele.

skinstruc_01.jpg

 

Então para onde vão os cremes que colocamos na pele? Eles tentam atingir a maior profundidade possível dentro da pele e depois são removidos com a descamação natural da pele. Não entram no organismo nem em nenhum sistema de circulação de substâncias, o que significa que não atingem órgãos que não sejam a própria pele.

 

Razões éticas

 

Infelizmente, os cosméticos de origem natural não são necessariamente produtos mais éticos. E falar de ética é sempre complexo, porque as abordagens a este conceito vão muitas vezes de encontro a terminologias diferentes.

Muitos vegans optam por cosméticos naturais para tentar evitar testes em animais ou ingredientes de origem animal. Contudo, ingredientes naturais podem ser de origem animal (a lanolina, por exemplo, vem das ovelhas) e a origem dos ingredientes não dita se foram ou não testados em animais.

Também pode ser uma tentativa de abordagem contra as grandes empresas. Por outro lado, não só muitas empresas e grupos produzem cosméticos naturais porque é uma exigência do mercado, como muitas empresas pequenas que fazem estes produtos são compradas ou parcialmente compradas por grandes multinacionais. Por outro lado, grandes empresas frequentemente já têm muitos programas éticos, ecológicos e de comércio justo estabelecidos e em pleno funcionamento.

 

Conclusão

 

Escolher produtos apenas com ingredientes naturais é uma opção válida, contudo convém fazer uma escolha informada e não apenas baseada em medos infundados e informações erradas. E, como sempre, escolher um cosmético "porque gosto dele" é sempre uma boa razão.

Review: Isdin Woman Isdin Antiestrias

woman-isdin-antiestrias.jpg

 

Tipo de produto: hidratante de corpo

Função: prevenção de estrias

Ingredientes principais: centelha asiática, rosa mosqueta, manteiga de shorea

Quando usar: manhã e noite

Textura: creme

Embalagem: tubo

Quantidade: 250ml

Preço: 35€

Onde comprar: farmácias, Care to Beauty (não é link de afiliado, contudo podem usar o código de afiliado ANA5 para terem 5% de desconto na Care to Beauty)

 

Neste momento estou a visualizar as minhas colegas de trabalho a levarem as mãos à cabeça e dizerem que sou maluca, porque hoje é literalmente o primeiro dia em que estou de baixa em casa e ainda de manhã estive no centro de saúde para me passarem a baixa e depois no escritório. Sim, meninas, já escrevi um post e ainda só vou em cerca de 4h de baixa. Não, eu não consigo estar quieta e sossegada, mas isso não é novidade para ninguém.

 

Bem, passemos ao que interessa, a review do produto. Primeiro que tudo, há que referir que este é o novo nome de um produto Isdin que existia já há largos anos, o Velastisa Antiestrias. E se existe um Guiness Book para mudanças parvas de nome, aposto que este produto está lá registado nas primeiras páginas. Mas se antigamente usavam e gostavam do Velastisa, então podem ir sem problemas para esta nova apresentação, porque a fórmula manteve-se.

 

Em relação ao produto propriamente dito, sempre foi este o produto que recomendei a todas as "minhas" grávidas e o feedback que tinha delas foi sempre, sempre muito positivo. Quando soube que estava grávida, comprei imediatamente duas embalagens, mas confesso que a minha esperança estava bastante em baixo. Há pessoas que têm tendência para ter estrias, e eu sou uma delas. Tenho uma linda colecção nas coxas que se assemelham ao mapa das estradas de Portugal, outras tantas espalhadas por sítios giros como os braços, mamas e atrás dos joelhos. Avancemos para os meus actuais 8 meses de gravidez e o meu estado de pessoa redonda. Barriga e coxas sem estrias novas. Nem uma. É certo e sabido que eu ando a aplicar quantidades generosas do hidratante à noite, em parte porque não quero estrias, em parte porque sei que de manhã não vai acontecer, mas não há estrias novas.

 

O creme em si tem uma textura mesmo muito agradável, um aroma muito suave e nada incomodativo e a absorção é bastante rápida a menos que "tomem banho nele" como eu fiz. Gostei particularmente do facto da textura cremosa facilitar muito a massagem, mas não ficar com um filme chato na pele que depois faz com que vestir roupa se torne desagradável ou difícil (e uma pessoa grávida já tem dificuldades suficientes ao tentar vestir-se, obrigada).

 

Apesar de saber que o preço é puxado, também sei que muitos outros anti-estrias não têm este nível de eficácia, portanto havendo a possibilidade de pagar por este produto, é sem dúvida nenhuma a minha recomendação.